5G do Brasil fica para 2020, avisa presidente da Anatel
Agência pretende impor metas de desempenho às operadoras que vencerem leilão.
Anatel pretende liberar as primeiras faixas do 5G a partir de leilão previsto para março de 2020 — Foto: Divulgação/Intel
O leilão é um momento importante para adoção da nova tecnologia, mas não garante, em si, pronta disponibilidade da tecnologia já em 2020. Isto porque o processo dá às operadoras o direito de explorar as frequências do 5G. Em seguida, as prestadoras podem montar a estrutura para oferecer o serviço aos clientes.
A agência pretende disponibilizar 200 MHz na frequência de 3,5 GHz, 100 MHz na faixa de 2,3 GHz e 10 MHz na frequência de 700 MHz. A divisão é necessária porque nem toda a frequência pode ser destinada a um único uso. Uma analogia que simplifica a explicação é imaginar as faixas de frequência como grandes vias por onde a informação trafega. Dentro dessas vias, há parcelas destinadas à radiodifusão, sinal de TV, de telefonia móvel, de rádio, e assim por diante.
O presidente da Anatel adiantou que o órgão pretende fixar metas de cobertura e capacidade. As exigências serão impostas às operadoras como parte do processo de assinatura do contrato.
Leonardo Euler de Morais afirmou ainda que a Anatel também estuda redefinir a divisão da faixa de 3,4 GHz, o que pode garantir a liberação de outros 200 MHz para uso de redes de dados móveis. A expectativa é de que os planos comerciais com a tecnologia sejam liberados a partir de 2021.
Qualcomm estima que 30 celulares compatíveis com 5G chegarão ao mercado ao longo de 2019 — Foto: Luciana Maline/ Techtudo
O nome 5G está relacionado com a próxima geração da internet móvel. Empresas do setor prometem velocidades até 50 vezes maiores que as oferecidas pelo atual 4G. Embora a adoção dessas redes engatinhe no mundo todo, os primeiros smartphones compatíveis com redes 5G começam a chegar ao mercado.