O final do ano vai se aproximando, e claro que todas as principais fabricantes de smartphones já lançaram os seus principais modelos de 2019.
Apple e Samsung já estão no mercado com o iPhone 11 Pro e Galaxy Note 10, respectivamente. E aí, fica a dúvida daqui para a frente: qual dos melhores aparelhos de duas das melhores empresas de tecnologia do mundo vale mais a pena? É o que o TudoCelular vai te ajudar a descobrir com este comparativo.
Dois aparelhos com acabamento que mistura metal e vidro, sem conector P2 para fone de ouvido, e com o visual que cada equipe de design achou o melhor para os tempos atuais.
Mas não são apenas as semelhanças que marcam esses dois modelos. Na verdade, eles são bem fáceis de distinguir em meio a um mar de celulares parecidos que foram lançados em 2019.
De frente, o iPhone 11 Pro mantém o recorte na parte de cima da tela, imitando o visual que foi adotado em 2017 pela Apple, no iPhone comemorativo de 10 anos da linha. Já o Note 10 tem um furo apenas para a câmera frontal, que fica centralizada. Isso abre espaço para notificações na barra de status, mas sacrificou o leitor de íris, por exemplo.
As bordas frontais são bem pequenas, e o Note 10 sai em vantagem com o aproveitamento por conta das laterais curvas, que alguns podem argumentar contra dizendo que refletem a luz, atrapalhando a visibilidade, e causam alguns toques acidentais, também.
Na traseira, a Apple investiu em aparência mais agressiva, com câmeras mais aparentes, em um visual que gerou bastante memes internet afora. Uma das palavras mais usadas para descrever o formato foi “cooktop”.
Já o Note 10 partiu para um visual parecido com um semáforo, com as câmeras alinhadas na vertical. Ambos possuem lombada razoável para os sensores.
Com relação à aparência, a Samsung trouxe visual com efeitos reflexivos. Uma das cores mais chamativas é o Aurora Glow, que tem esse efeito de arco íris. Já a Apple foi mais minimalista, com acabamento fosco, no qual marcas de dedos e riscos ficam menos aparentes.
Mas e aí, qual deles fica com o primeiro ponto em design? Há pontos positivos e negativos em cada um, mas vamos ficar com o Note 10 por ser um pouco mais ousado. O iPhone 11 Pro é mais do mesmo que vimos ano passado.
O iPhone 11 Pro tem tela de 5,8 polegadas, contra um display de 6,3 polegadas do Note 10. Brilho e calibragem de cores são ótimos nos dois modelos. Ambos também possuem proteção contra riscos. Mas a imagem no iPhone 11 Pro tem alcance dinâmico maior, deixando o conteúdo um pouco mais atraente do que na tela do Note 10.
Ponto em tela fica com o modelo da Apple.
Quanto relação à qualidade sonora, também temos dois ótimos aparelhos, tanto nos alto-falantes do dispositivo como nos fones que acompanham os produtos Mas de novo o iPhone 11 Pro fica em vantagem por reproduzir o áudio mais balanceado, com potência comparável à das três saídas de som do Note 10.
Nos recursos, temos uma boa briga aqui do iOS, sistema da Apple, com a interface OneUI, da Samsung, que roda por cima do Android do Google. Então, vamos focar nas principais ferramentas, já que o básico você vai encontrar em ambos.
O iPhone 11 Pro não traz muitas novidades em relação ao que já estava no iPhone XS e que chegou para modelos mais antigos. Um dos destaques é o recurso chamado Deep Fusion, que promete melhorar a qualidade das fotografias, e está em fase beta no iOS 13.2.
Já o Note 10 tem algumas vantagens até mesmo sobre a linha S da Samsung, além de novidade que não vai chegar no Note 9.
É um dos poucos smartphones que tem uma caneta, com a qual você pode escrever notas e até tirar fotos com as mãos longe do celular. A S Pen agora também tem alguns gestos para controlar aplicativos compatíveis.
Ah sim, também há diferenças na biometria dos modelos. O iPhone 11 Pro mantém o reconhecimento facial como única forma de desbloqueio biométrico, enquanto o Note 10 perdeu a leitura de íris, mas tem também um sensor de impressão digital por baixo da tela, além do reconhecimento facial que, no entanto, é menos seguro que o da Apple.
Mas é a S Pen que garante mais um ponto para o Note 10 neste comparativo.
O Note 10 não é nem mesmo o mais veloz Android que já testamos, mesmo trazendo em seu interior o melhor hardware que a Samsung poderia oferecer, uma vez que voltou a usar plataforma própria na América Latina esse ano. A pontuação em benchmark é uma lavada da Apple no Note 10. Aliás, é uma lavada em qualquer Android.
Mas afinal, quão mais rápido é o iPhone 11 Pro em comparação com o Note 10? De acordo com o nosso teste de abertura de aplicativos, cerca de quatro segundos. Não é grande coisa, talvez você não chegue a notar essa diferença no dia a dia. Mas indica que o modelo da Apple aguenta mais quem usa muitos aplicativos ao mesmo tempo.
Nos jogos, ambos conseguem rodar todos os títulos que testamos no máximo possível. E aí a vantagem fica com o iPhone 11 Pro de novo porque alguns jogos rodam melhor no iOS do que no Android, como games de corrida da Gameloft, PUBG e Fortnite, por exemplo.
O grande calcanhar de Aquiles da Apple: bateria. É o que eu diria se as coisas não estivessem mudadas este ano. A Maçã finalmente conseguiu abrigar bateria de mais de 3 mil miliampéres no iPhone 11 Pro. O Note 10 tem cerca de 500 miliampéres a mais e… ficou bem abaixo do tempo de uso em nosso teste de bateria.
O iPhone 11 Pro chegou perto de 18 horas, enquanto o Note 10 ficou em 15 horas e meia. São bons tempos, é verdade, suficiente para ficar o dia inteiro longe da tomada com uso médio a intenso. Mas o Note 10 vai pedir carga bem antes do iPhone.
Outra novidade da Apple é o carregador que acompanha o aparelho. Finalmente aquele carregadorzinho lerdo foi trocado por uma versão mais veloz, o que reduziu bastante o tempo de recarga. Mas o Note 10 consegue preencher uma bateria maior em menos tempo. São cerca de 20 minutos de diferença.
Os dois modelos trazem conjunto triplo de câmeras com um sensor principal tradicional, por assim dizer, uma lente teleobjetiva para se aproximar de objetos mais difíceis de alcançar, e uma ultra-wide, para fotos com maior ângulo de visão.
Curiosamente, as características e pontos fracos técnicos são mais ou menos os mesmos. As ultra-wide não oferecem foco automático, por exemplo. Nem estabilização de imagem. Mas captam muito mais cenário em volta, sendo que o ângulo de 130 graus do iPhone 11 Pro é maior que o de 123 graus do Note 10.
São ótimas câmeras, que fazem um bom trabalho com boa iluminação, e captam pouquíssima coisa em ambientes escuros.
As teleobjetivas também são razoáveis, ficando a do iPhone 11 Pro um pouco à frente pela maior riqueza de detalhes. O Note 10 perde um pouco de qualidade nessa câmera comparado ao sensor principal.
Falando nele, são duas ótimas evoluções das gerações passadas. A Samsung melhorou bastante a qualidade das fotografias em seus tops de linha esse ano, mas não foi o suficiente pra evitar nova ultrapassagem da Apple, ainda mais com a chegada do modo noturno.
Lembrando que o efeito bokeh no iPhone sempre teve recorte melhor do objeto em foco para o fundo desfocado. Por melhor que seja a câmera do Note 10, a do iPhone 11 Pro está um pouco à frente.
iPhone 11 Pro
Com pouca luz, o Note 10 sai em vantagem por registrar menos ruídos que o iPhone 11 Pro. Que por sua vez é um pouco melhor nas fotos com efeito desfocado e outros efeitos, em uma quantidade de recursos maior que o rival, graças às fotos com efeito estúdio.
O Note 10 fica com esse ponto por conseguir fotos melhores na maior parte dos cenários comuns.
Galaxy Note 10
Nas selfies, o iPhone 11 Pro tem as novas slofies, que é uma gravação com quatro vezes mais quadros para usar câmera lenta. O Note 10 não tem isso, mas tem desfoque do fundo em vídeos.
Isso mesmo, o efeito bokeh, ou modo retrato, como quer que você chame. No Note 10 você consegue desfocar o fundo do vídeo e destacar uma pessoa sem precisar de software de edição. O recorte tem falhas, mas o nível de acertos é bom.
Por incrível que pareça, o Note 10 fica com mais um ponto em gravação de vídeo.
Tops de linha não são baratos. Ainda não temos o preço oficial do iPhone 11 Pro no Brasil, mas considerando o preço lá fora e valor do dólar hoje em dia, é seguro dizer que vai chegar mais caro que o modelo do ano passado. Ou seja, mais caro que o Note 10, também.