Motorola se prepara para lançar celular 5G com preço elevado, diz executivo

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Após o lançamento do Motorola One Zoom, um representante da empresa comentou os próximos passos da marca no mercado mundial de smartphones. De acordo com Francoise LaFlamme, gerente de marketing da companhia, a era dos intermediários abaixo dos US$ 500 (~R$ 2 mil) está perto do fim.

Isso porque a empresa já trabalha com um celular premium que deve chegar ao mercado com conexão 5G e preço ainda mais elevado. Quando questionado sobre o valor cobrado pelo aparelho, o executivo não quis entrar em detalhes. Mesmo assim, ele foi direto ao ponto:

 Se você lançar um smartphone que custe US$ 399 (~R$ 1.600), você terá que sacrificar muitos dos recursos que as pessoas valorizam.

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Apesar de não ter uma faixa de preço definida, quando levamos em consideração outros celulares que tem conexão 5G, vemos que o novo aparelho da Motorola não será barato. Isso porque o Galaxy A90 5G foi anunciado custando US$ 800 (~R$ 3.275) e o OnePlus 7 Pro 5G é um pouco mais caro: US$ 840 (~R$ 3.440).

Levando em consideração o mercado estadunidense, o Motorola Moto G7 custa apenas US$ 450 (~R$ 1.842), o One Zoom chegou nas prateleiras por US$ 500 (~R$ 2.047) e o Moto Z3 tem preço inicial de US$ 480 (~R$ 1.965), mas precisa de um Moto Mod de US$ 350 (~R$ 1.432) para ter acesso ao 5G.

Por isso, não devemos estranhar se a Motorola anunciar o seu aparelho 5G na faixa dos US$ 800. “Mas porque essa mudança para celulares de última geração com 5G?” A explicação é simples. A Lenovo, empresa-mãe da Motorola, finalmente conseguiu ter lucro com a divisão de smartphones da marca.

Segundo LaFlamme, o corte de produtos estranhos, funcionários, marketing e concentração em mercados importantes (Brasil, EUA, México, Reino Unido) fez com que a Motorola ficasse no azul. Por isso, com as contas equilibradas, é hora da empresa se concentrar em uma expansão.

Assim, o lançamento de um aparelho “verdadeiramente topo de linha” é o primeiro passo para atingir uma nova gama de consumidores. Além disso, na era do 5G e dos dobráveis, manter uma estratégia focada no custo-benefício com 4G pode representar um novo problema no longo prazo.