TIM realiza testes com Internet e cobra menor tributação do governo
A Tim comunicou ontem (19) que concluiu, em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), provas de produtos minimamente viáveis (MVPs) para soluções de internet das coisas. Com foco no aumento da produtividade, a iniciativa foi finalizada com startups e empresas privadas.
A operadora já havia lançado a primeira rede IoT 4G do país na cidade de Santa Rita do Sapucaí (MG).
Entre outras soluções, a operadora também testou o uso da conectividade em NB-IoT, que a empresa começou a testar em junho de 2018 com a faixa de 700 MHz. As experiências com os MVPs não se tornaram soluções comerciais, mas já serviram para acertar a infraestrutura para isso já está definida. A previsão é comercializar essas soluções no ano que vem, mesmo sem uma definição do governo sobre tributação para a IoT.
“Estamos em um momento de aprendizado, com uma nova abordagem de não ser um negócio só de prateleira, com conectividade. Isso é M2M, é antigo. Para que a IoT de fato aconteça com soluções de NB-IoT e mais voltadas a resolver as dores do cliente, precisa ter um ecossistema, e nossos parceiros precisam ver o valor e repensar a relação de negócios”.
Janílson Bezerra, head de innovation & business development da TIM.
Para o executivo, se o Brasil já tivesse resolvido a questão da tributação, o processo seria mais rápidp, pois as empresas já estariam buscando soluções de Internet das Coisas. Ele acredita que 2019 tratá um bom momento para a IoT no país, e espaços de inovação, com oa parceria com a Cubo, em São Paulo, serão fundamentais para isso.
Bezerra cobra um quadro regulatório mais flexível e tributação menor para que os processos de implantação sejam mais rápidos:
Com certeza, em 2019 essas provas de conceito vão começar a virar produtos e soluções de mercado. Seguindo o ritmo das verticais, nem todas estarão maduras, mas 2019 será o ano no qual vai acontecer mais atração. [Com a parceria com a Cubo], Você começa a ter insights para a proposição da TIM como hub de negócios e tecnologia, como alicerce que a nossa infraestrutura tecnológica com a rede 4G, NB-IoT e futura 5G.
Testes
Para testar as soluções de NB-IoT, a
trabalhou em três verticais: transporte de cargas, indústria e segurança, e buscou parceiros para isso. Utilizando o conceito de design thinking baseado no processo produtivo das empresas, a operadora buscou entender as dores e mostrar as soluções tecnológicas que dispunha.
Segundo o executivo, cada vertical tem um ritmo próprio. O agronegócio, por exemplo, o que tem demonstrado maior abertura para receber novas tecnologias para melhorar a produtividade. No setor, a TIM trabalhou com a startup Box Delivery e a cooperativa de produtos cítricos Monte Citrus, de Monte Azul Paulista (SP), na parte da logística envolvendo monitoramento e transporte de cargas.
Na vertical de segurança, a TIM desenvolveu o trabalho em parceria com a Nearbee e a associação de moradores Pór-Bairro de Campinas para solução de interação entre sensores IoT e smartphones, permitindo o envio de alertas para equipes de segurança privada em condomínio e controle em tempo real dos profissionais e dos alertas ao condôminos.
Bezerra vê a indústria em um momento de transição. Segundo o executivo, as empresas estão voltadas a criar um “passo a passo” para o caminho da 5G, porém utilizando o LTE para testar conceitos e mostrar os ganhos de eficiência. A Tim deve preparar soluções para a chegada da nova tecnologia, desenvolvendo soluções em robótica e automação.
20 de dezembro de 2018
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