Smartphone falsificado é vendido por menos de R$ 1.000, enquanto edição original custa o triplo. TechTudo mostra as diferenças entre os clones e os verdadeiros.
O Galaxy S9 e o Galaxy S9 Plus são celulares avançados da Samsung que chegaram ao Brasil em abril de 2018. Assim como as gerações anteriores, estes smartphones também foram alvo de pirataria. Na internet é possível encontrar modelos falsificados por menos de R$ 1.000, valor muito abaixo do original, quatro vezes maior.
As versões piratas tentam ludibriar os consumidores com detalhes próximos dos modelos originais, como a tela grande e o design sofisticado, mas deixam a desejar em funcionalidade e qualidade. Os clones não oferecem todos os recursos criados pela Samsung e apresentam alguns erros que facilitam a identificação da fraude, como você vê nas linhas a seguir.
Review do Galaxy S9 Plus
1. Tela
O Galaxy S9 chama a atenção do consumidor pelas opções de telas com 5,8 e 6,2 polegadas. As duas versões ostentam resolução de 2960 x 1440 pixels (Quad HD+), tornando a experiência de usuário mais rica em filmes, séries e jogos.
As versões falsificadas não possuem tecnologia para copiar efetivamente a tela do Galaxy S9. Diante disso, os criminosos colocam barras pretas nas extremidades superior e inferior do display para simular a característica chamada comercialmente de “Display Infinito”. Fica mais fácil de identificar o golpe quando o aparelho está em funcionamento – portanto, procure imagens que mostrem o aparelho em funcionamento.
Clone de Galaxy S9 traz barras pretas na parte superior e inferior como em versões falsificadas anteriores — Foto: Reprodução
Os usuários também devem ficar atentos ao detalhe de que não existe Galaxy S9 menor que 5,8 polegadas. Qualquer produto com dimensões menores não faz parte da linha original da Samsung.
2. Modelo
O primeiro contato do usuário com o smartphone ocorre por meio do design. Ninguém quer um aparelho arranhado ou com manchas e marcas. Checar o corpo é essencial para identificar as fraudes, pois os modelos falsificados do Galaxy S9 apresentam sensores, flashes e leitores em posições erradas.
Por exemplo, os clones trazem flash frontal, o que não existe na versão original. Já o leitor de íris na parte superior direita está ausente nestes aparelhos. Algumas réplicas estampam a marca “Samsung” em branco chapado, quando a original é cinza.
Note como a carcaça está arranhada (parte inferior). Alguns modelos do Galaxy S9 falsificado não apresentam “Samsung” na traseira — Foto: Reprodução
3. Hardware diferente
As especificações disponibilizadas pela fabricante muitas vezes são vistas com pouca atenção na hora da compra, porém são elas que impactam diretamente na experiência do usuário. Ao analisá-las, fica mais fácil atestar a autenticidade do produto. Os clones não conseguem acompanhar a tecnologia de ponta dos aparelhos originais e, portanto, pecam neste quesito.
O Galaxy S9 possui o processador de alta performance Snapdragon 845 (quad 2,8 GHz + quad 1,7 GHz) e armazenamento de 128 GB, com entrada para cartão microSD de até 512GB. Além disso, roda sistema Android 8. Já os modelos piratas apresentam processadores dual-core, armazenamento de 32 GB e utilizam Android 6 ou inferior. Ou seja, são aparelhos mais fracos em todos os sentidos.
É importante analisar também o aparelho ligado para conferir os aplicativos instalados de fábrica. Nos clones há a presença do “Navegador”, enquanto os smartphones oferecem o navegador “Samsung Internet”.
A descrição do Galaxy S9 está incompleta. Observe que o anúncio não especifica qual a versão do Android — Foto: Reprodução
4. Preço
Sem dúvida é o que causa mais impacto e pesca a atenção do consumidor. O Galaxy S9, por ser uma celular premium, tem preço elevado; chegou ao mercado custando entre R$ 4.299 (S9) e R$ 4.899 (S9 Plus). Hoje em dia eles saem a R$ 2.599 e R$ 3.959 no site oficial, com desconto ainda maior no varejo. Enquanto isso, os piratas podem custar menos de R$ 1.000.
A Samsung alerta aos consumidores sobre a precariedade destes clones e recomenda que adquiram smartphones licenciados pela Anatel, pois são produtos testados e certificados. Os aparelhos originais podem ser encontrados em lojas autorizadas, varejistas conhecidos, em lojas virtuais e no site oficial da marca.
Enquanto isso, produtos não verificados e não licenciados podem acarretar risco à saúde do usuário e à rede elétrica.